Cones Bxls

Em 2002, o portenho Alejandro Atampi começou a trabalhar na Cones, uma sorveteria em Nova Iorque. Lá, ele ficou até se apaixonar por uma belga, mudar para Bruxelas e abrir uma filial da Cones próxima ao Étang d’Ixelles em 2018. Ela no caixa, ele no freezer, ambos sem pressa, o dia bonito, a fila se alonga em frente à sorveteria. A @conesbrussels usa creme de leite como base para diversos sabores entre tradicionais e inusitados. Alguns tradicionais são baunilha, flocos, pistache e doce de leite (argentino, claro). Outros, mais ou menos familiares dependendo de onde somos, são beterraba, erva-mate, batata-doce, milho e banana. Uma placa informa: 2,5€ por uma bola, 5€ por duas e 7,5€ por três. Parece que dependendo de onde somos, estamos mais ou menos familiarizados com multiplicações. A Cones se previne.

Os sorvetes têm texturas gordas, densas e cremosas, mesmo o de beterraba. Mas também um dulçor bem acima do meu ideal, e olha que eu sou brasileiro. Fico enjoado no meio do caminho, meia bola e prometo a mim mesmo que nunca mais quero ver beterraba ou açúcar na vida. Uma acidez ajudaria a chegar ao fim. David acha graça: bem feito, quem mandou ser trouxa e pegar sorvete de beterraba? O excesso de açúcar no sorvete de mel com canela dele ao menos tem a canela de refresco. Eu não percebo aromas de mel, o leite sobressai, então o resultado é, sem pôr ou tirar, sabor de arroz doce. Já as casquinhas têm espessura mediana e sabor intenso de biscoito maria/maisena. É meio seca sozinha, mas é por isso que vem com sorvete, não? Para molhar o biscoito.

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