O @wildairnyc oferece excelentes sabores em receitas ousadinhas e cosmopolitas como bife tártaro com pesto e umeboshi, endívias com anchovas em conserva, batatas darphin com ouriço e jalapeños, mariscos com erva-doce, ou asinhas de frango com sanshō e lardo. Assim como o @contrany, seu restaurante-irmão-mais-velho, o Wildair mistura deliciosamente e sem conflitos as já meio clichês influências japonesas, espanholas e mexicanas. @kelvincreates gostou da janta, eu achei meio gordurosa (meu pâncreas de princesa reclamou), meio cara para meio de semana ($60 sem bebidas), meio fraca e desconfortável para um jantar mais demorado e especial.




Indo além, o Wildair me fez perceber algo que ainda não tinha me dado conta: não curto essa modinha de “tapas”. Tapas a um ou dois pares de euros, eu curto, obrigado. Mas duas asinhas por $15, 4 azeitonas recheadas por $18, dois espetinhos de camarão $16? (Alô, Cais.) Não por ser heresia gourmet, não tenho apego às tradições, que inventem e reinventem a roda. Talvez porque, mesmo que a gente racionalmente faça os cálculos, os números pequenos inconscientemente geram a expectativa de que vai ser barato e, quando a conta chega, não é. E aí, meus caros restaurateiros, a gente vai embora com a impressão de que comeu pouco e pagou caro. Todo mundo sai perdendo.
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