Fico feliz e animado ao entrar no @BocconiPastaItaliana, é exatamente o tipo de lugar que eu adoro adorar: uma lojinha austera, algumas mesinhas, comida simples, direta, interessante e feita por um punhado de gente animada e barulhenta misturando italiano e neerlandês na cozinha separada do salão apenas por um balcão de lindezas apetitosas. Varado de fome, quero uma lasanha, enorme e pesada. Pergunto do que são, ela responde que uma é lasanha tradicional e a outra é vegetariana. O que vai na vegetariana? Berinjela, queijo, molho, sem carne, sem massa… ela hesita meio segundo, balança a cabeça e fala mais para si mesma do que para mim: “non è lasagna”. Morri, absolutamente impagável. Depois dessa, tive de escolher a lasanha que é lasanha, né.




Para abrir os trabalhos, um bom arancino com espinafre. Como bom risoto, sentimos o vinho branco, o parmesão, o arroz al dente, a baita cremosidade, com a adição do verdinho do espinafre. Já a lasanha que é lasanha tem tanto parmesão que, me perdoem a heresia, é parmesão demais. Uma delícia na primeira mordida, ganha mais e mais peso a cada nova mordida até ficar impossível de salgada, umami, rica e enjoativa. Comi metade de um primo piatto e passei o resto do dia estufado e enjoado. O tiramissu tem um licor de amêndoas ou coisa assim que me cai super mal, fica um aroma artificialzão. Pena, pena. Ainda voltaria para tentar as massas, pois um único bom prato no cardápio seria suficiente para me fazer virar freguês.
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