Vivi Wakuda

Já de cara, o cardápio da @viwakuda me deixa apavorado por não conseguir se decidir entre português (Floresta Branca), inglês (Chocolate Killer), italiano (Pistacchio & Limone), francês (petit, moyen, grand), portinglês (Matchá Cake) e franglês (Legère Cake, Soufflé Cheesecake). Eu sei que é uma implicância pessoal minha, desculpa, mas isso me apavora real oficial, não me desce mesmo. É brega, gente.

Mas vamos lá. A massa das choux puxa bem pro sabor de ovo e pro macio (apenas constatações, embora eu prefira choux crocante puxada pro leite e maillard). O recheio de missô salgado me soou uma combinação duvidosa de chantilly comunzão tedioso com caramelo salgado sem nada mais ou menos. Eu esperava um sabor novo, diferente, surpreendente e recebi a batida modinha do caramelo salgado. O recheio de chocolate é ultra mega suave, o chocolate fica totalmente diluído em chantilly. Pode me chamar de ignorante, mas a leveza chique da yogashi acaba parecida demais com recheio de bolo de supermercado, só tira a gordura hidrogenada.

Aí, eu sei que eu deveria comer os outros bolos mais ousados e autorais antes de falar qualquer coisa, mas tive de comprar um bolo de última hora numa urgência e o brownie com frutas vermelhas (tem coisa que nem devia estar no cardápio) era o que tinha disponível. Como usual para coisas com nome tipo “chocolate killer/explosion/bomb”, muito açúcar e pouca graça.

No geral, achei tudo mais do mesmo da confeitaria neocolonizada paulistana, mais do mesmo clássico tedioso francês com um nome chique japonês (yogashi é originalmente apenas o nome japonês para confeitaria ocidental, vulgo, francesa). Sei lá, desisto de explicar a impossibilidade de usar Calebô e ser genial. Esse país não me merece, vou-me embora, fui.

2 comentários em “Vivi Wakuda

Adicione o seu

Deixar mensagem para eunaoengulo Cancelar resposta

Crie um site ou blog no WordPress.com

Acima ↑